terça-feira, 22 de março de 2011

Repetitivas vezes ["você"]

    
      Sabe que meu gostar por você[acho] chegou a ser amor? Pois eu me comovia vendo uma simples foto, pois quando você tinha um problema ou até mesmo uma simples gripe, eu ficava aqui, de longe, morrendo de preocupação- como se cuidar de você fosse minha obrigação. De vez em quando eu ficava esperando você ficar 'OnLine', mas quando ficava, eu não falava muito por medo de parecer chata[o que não requer muito esforço pra mim.. kkk]. Mas eu tinha muitas coisas pra te falar- coisas das quais acho que gostaria.
     Você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeito... Eu queria que fosse diferente. Queria que você realmente gostasse e cuidasse de mim, como já havia dito. : /
     Talvez nem sempre o coração tenha razão.Eu precisaria sentir que você sente(entende?).
     Às vezes fico pensando em como seria se nos encontrássemos: tudo seria mais claro, não haveria medo, nem coisas falsas. Se não quiséssemos, não pudéssemos, não soubéssemos com palavras 'nos dizer' um pouco para o outro, ficaríamos sentados. E então eu deixaria teu silêncio conversar com o meu .-.[às vezes a gente nem precisa mesmo de palavras... : /]. Meus braços não seriam o suficiente pra te abraçar e a minha voz mesmo querendo dizer muito, ia ficar calada... Eu ficaria te olhando por um bom tempo.
     Não digo raiva, mas já cheguei a ficar chateada com você. Talvez pelas vezes em que você decidiu brincar-que-gosta-de-mim. Mas apesar de tudo, eu quero que saiba do tamanho sentimento[ não acho um nome :| ]que tenho por você. Sei lá... Acho que é bom a gente saber que a gente existe desse jeito em alguém, como você existe em mim. *.*
     É difícil viver de suposições. Preciso sair, curtir, dançar, encontrar alguém. Entender que provavelmente você já escolheu outra pessoa pra lhe cuidar. Me dá vontade de parar de escrever isso tudo aqui e sair correndo pra viver. Pronto. Chutar o balde[sinta a expressão' kkk' ¬¬']. Ser feliz.
     Mas isso tudo não é fácil. Porque sempre que eu penso em ser feliz, você me vem à cabeça.


OBS.: rezando aqui, pra que você não me ache uma psico*, estranha, melosa, iludida(isso, TALVEZ; quase SIM ><' ); boba. XD.

OBS.:² Eis o dilema: quem terminou com quem? :|
                                         Uffa! É só isso... (:
                                                                                  Beijos :* Te'

segunda-feira, 7 de março de 2011

13 Segundos


    Ela estava simplesmente linda (simples, mas linda): usava um jeans comum, uma blusa branca comum e sapatos absurdamente comuns. Ao subir a escadaria o balançar de seus quadris dava-lhe um ar sereno e charmoso. Parecia-me segura de si.
   Pedi que fosse mais cedo que o normal. Mesmo assim, quando chegou, o sol já ia vagarosamente revolvendo seus raios. Abraçou-me. Havia pouco mais de um mês que não nos víamos... Mas o importante aqui é o fato de que nunca havia me abraçado. “oi. Vamos andando?” disse ela; “vamos” respondi. Fez-se silêncio. Até que chegamos finalmente ao local onde costumávamos nos sentar.
-... Bem, a única coisa que eu quero que saiba, é que foi tudo muito rápido pra mim, entende?
- Rá-pi-do. Rápido. Você quis dizer que foi muito ‘fácil’ pra você.
-Sempre achei que você fosse uma garota compreensiva. Mas está se mostrando infantil.
-Infantil? Acaso não se parece muito com uma criança quem faz ‘joguinhos’ mostrando-se estar apaixonado, mas, que em pouco tempo esquece a tal paixão para ser ‘solidário’ para com a PRÓXIMA, a fim de ajudá-la a esquecer outro alguém; e assim deixar de sofrer?
-Eu não queria falar... Mas nunca tivemos nada. Sempre fomos amigos! Você que entendeu errado. Logo você que entende tudo.
   Ela me olhou profundamente nos olhos parecendo suplicar em silêncio, que eu me retratasse diante daquelas vinte e cruéis palavras. E, falou com muita calma e certeza
-Não pense que estou com raiva de vocês dois. Eu não culpo a ela por tentar esquecer outro alguém... Mas, com quem eu vou te esquecer?
   Não pude fazer nada enquanto aqueles mesmos quadris “alegres” que subiram a escadaria iam com pouco esplendor se distanciando, até o ponto em que não mais pude avistá-los. A 50 metros, eu não podia mais sentir a dor que ela sentia em dizer “adeus” àquilo tudo. Pois, bem perto, uma dor mais viva me incomodava.
   “A maior covardia de um homem é despertar em uma mulher, um sentimento sem ter a intenção de amá-la”, ditou-me um amigo, certa vez. Em apenas 13 segundos tive certeza disso.

Texto: Priscyla Marques.
Gênero: Conto.